terça-feira, 19 de junho de 2007

Artigo: ética no jornalismo!

O artigo 14° do Código de Ética do Jornalista diz que se deve:
Ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas; Tratar com respeito a todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar.

Aqui na Paraíba – e quando me refiro à Paraíba especificamente, o faço por não conhecer tão de perto o que os outros Estados fazem em relação à imprensa, e não por considerar que aqui é pior ou melhor do que qualquer outro lugar – podemos observar uma distorção na visão do que sejam as palavras ouvir, apurar e comprovar.
Lembro de um caso que ocorreu há alguns anos, quando um órgão do Estado promovia um concurso público. Um dos candidatos perguntou a um dos funcionários da instituição a respeito da logística e da organização do evento. O funcionário respondeu simplesmente que em sua opinião, caberia mais um pouco de disciplina e ordem.
No jornal de domingo de um conhecido órgão de comunicação do Estado, saiu uma matéria de uma página inteira a respeito do concurso com declarações assinadas pelo funcionário estadual. Em nenhum momento o repórter se identificou, nem pediu declarações formais, nem tampouco o funcionário foi questionado se gostaria de ter seu nome exposto num jornal de domingo. Isso lhe custou uma transferência e uma advertência.
Outro fato que merece ser destacado diz respeito aos programas policiais que são empurrados ao telespectador em plena hora do almoço. Cabeças estouradas, membros arrancados, corpos estirados no chão. Pais e filhos desesperados e suspeitos sendo tratados como culpados antes mesmo de um julgamento válido. Nesses casos específicos, o que se percebe é uma total falta de respeito tanto com o telespectador, quanto com os familiares, vítimas e suspeitos. Sim, até porque a nossa Constituição garante que o suspeito seja tratado como inocente até que se prove o contrário.
Jorge Claudio Ribeiro, que é Jornalista, professor da PUC-SP e autor de Sempre alerta – condições e contradições do trabalho jornalístico, diz que “Até jornalistas engajados na luta ética caem com freqüência em outra armadilha, que é considerar-se uma espécie de caubói solitário e juiz incorruptível”.
Não, o papel de julgar não é nosso. A nós cabe apurar e denunciar. Falar a verdade e deixar que o público estabeleça um opinião própria a respeito do assunto.
Infelizmente, aqui ainda se faz um jornalismo baseado em boatos. Não é raro que nas redações dos jornais impressos, online, radiofônicos e televisivos as informações sejam transmitidas aos apresentadores e as redatores finais sem nenhuma checagem mais apurada.
Também é de conhecimento geral no meio jornalístico, pelo menos um site de notícias que simplesmente inventa histórias, cria personagens e aumenta fatos de forma totalmente abusiva.
O que o cidadão paraibano lê, ouve e assiste e acessa hoje em dia, deve ser mensurado de forma bastante complexa. São poucos os profissionais que realmente se importam em cumprir seu dever de informar se utilizando de um mínimo de senso de ética.


Tatyana Valéria.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Uma situação afro-brasileira

Hoje assisti uma reportagem que falava de Moçambique e que pretendia mostrar sua paisagem natural,coisa que o governo não valoriza e não aproveita para fazer turismo.
Mas eu disse pretendia.Na verdade,a matéria conseguiu mostrar nitidamente as mazelas de um povo que além de tanta miséria e seca também tem de viver pisando em casca de ovos por que ainda existem várias minas espalhadas nos campos,e minas estas que foram postas lá ainda na guerra civil de anos atrás.
Só que por incrível que pareça,não estou indignada nem revoltada muito menos espantada com esse povo sofrido.E não estou mesmo,por que aqui no Brasil vivemos uma realidade bastante parecida,talvez a diferença seja apenas as minas,mas em compensação vivemos sim numa guerra civil.Ou não?
O governo há anos vem desativando essas minas,mas ainda há milhares.Existem políticas econômicas sim,de desenvolvimento social mas imaginem só o quanto ainda vão caminhar.
Se dizem que Brasil é um país que está em desenvolvimento...é,as vezes temos que colocar um tapa olho e fingir acreditar.Posso não estar fazendo nada de fato pra que essa realidade mude.Axo que caí no comodismo de não mudar minha expressão facial quando os jornais noticiam vítimas de bala perdida ou coisa pior.
Vivemos num país bastante semelhante à aqueles da África,um país como o Haiti no Caribe...enfim,centenas.Posso estar sendo radical,fria,realista.
É,o Brasil é um país rico em belezas naturais e axo que se não fosse por isso...tudo seria pior do que é,pelo menos temos algo bom pra nos orgulhar.Não sei se o que deixo aqui é revolta,é indiginação,ou não é nada.
Também não tenho pretenção de dar sermão em políticos.Até que façam o contrário,continuarei sob esse olhar.

terça-feira, 20 de março de 2007

Que curiso!O "Babalu" voltou!!!

Uma fato curioso aconteceu comigo enquanto estava lendo as primeiras páginas do livro O Caçador de Pipas,de Khaled Hosseini.
Lá estava eu bastante concentrada na narrativa de duas crianças que cresceram juntas no Afeganistão e que o destino de Hassan e Amir ia sendo traçado a cada olhar de desconfiança de Hassan e a cada momento de fraqueja de Amir.
Deitada no sofá na companhia de centenas de mosquitos,ouvindo Nete latir feito uma louca e vendo minha mãe passear pela casa,me deparei com um capítulo que me fez voltar uns 15 anos atrás.
No livro,há uma parte em que Amir descreve "Babalu",um homem carrancudo que andava pelas ruas de Cabul com uma perna manca,magro,de aparência depravável e tido como louco e que ainda por cima pegava as criancinhas pra comer.
Quando criança,íamos passar férias em Ouricuri e lá também tinha um moço chamado "Babalu" com características bastante semelhantes às do "Babalu" afegão!
A minha indagação é saber se esse nome tem algum significado especial,que ligue o nome "babalu" a uma espécie de louco,homem que vaga pelas ruas atrás de criançinha para lhe enxer o buxo ou indo nessa linha.
Fiquei rindo ao ler cada palavra,cheguei a voltar o mesmo parágrafo umas duas vezes pra saber se aquilo era impressão minha ou se tinha lido errado.
Pra quem não leu o livro nem conheceu o "Babalu" ouricuriense fica até meio esquisito de ler o que to escrevendo,podem até axar "nossa,como ela é boba,não vi nada demais nisso" mas o fato foi realmente indagante pra mim!
Eu quando guria,axava que esse nome tinha vindo do chiclete babaloo.Nunca tinha me questionado sobre aquela brincadeirinha "babalu é califórnia,califórnia é babalu",daí sempre ligava o chiclete e a musiquinha ao louco.
Bom,só sei que isso me deu momentos de curiosidade e de rir sem saber o por quê exatamente.
Mas axo que a vida tb pode nos trazer momentos maravilhosos e bobos ao mesmo tempo.Rir de uma bobagem dessa me fez relembrar o quanto tinha medo do "Babalu" que eu conhecia e que talvez nem louco era coitado,era só alguém que gostava de entrar na onda dos gurizinhos.
Talvez assim seja também no decorrer das páginas mais que interessantes deste livro.Quem leu até aqui,leia esse livro também.Pode ser que alguma cena parecida vc também encontrará.Aliás,alguém ai também teve um "Babalu" desse?

segunda-feira, 19 de março de 2007

Olha a hora!

É assim mesmo,depois de horas aqui me batendo em fazer um blog,que endereço colocar,qual a fonte e definir cores (demoro demais!) me vejo ainda sem sono.Além disso,me pego pensando na saúde da minha mãe,como será o dia de amanhã em sua última quimioterapia,o que o médico vai dizer.Enfim,isso tem me tirado o sono.Vejo que ela está bem,numa recuperação incrível que até ela mesma custa a acreditar.Como ela mesma fala "Já me sinto curada",então,assim penso também.Nossa vida mudou,a dela mais ainda.Fiz alguns sacrifícios na minha vida que são mais do que necessários,é a vida de minha mãe que tá valendo mais do que tudo.Deixei Campina Grande,que por várias vezes falei mal,tranquei a faculdade de publicidade e no meio disso tudo tenho um namorado que mesmo longe de mim me dá apoio e forças pra lutar por mainha.Mas sinto que não estamos longe,porque ele tá presente demais na minha vida quando penso em tudo que já vivemos,em nossa vida de estudante em Campina (como gosto de chamar),um ajudando o outro em todos os problemas e que tudo será bem melhor quando no meio do ano eu retornar para a terra das mulheres de bigode!O que eu faço agora,é esperar o tempo passar.Fico de um lado a outro da casa,sento e levanto sento e levanto,como e durmo...e agora inventei esse blog.Sempre gostei de escrever,puxei um lado poeta do meu pai.Axo que aqui vou me sentir como se tivesse conversando com alguém.Aqui em Petrolina já foi meu lugar,hoje não me vejo mais morando nem trabalhando aqui,até porque o campo de publicidade é muito pequeno,as idéias que surgem aqui são pequenas,o povo não dá muito valor a propaganda em si,aqui só é "gente" quem é "doutor"."AAhh fulana,teu filho se formou em quê?Em medicina foi?",eita povo de uma cabecinha...como se só é gente quem é "dotô".Quero me formar no que gosto!Bom,pra não ficar tão longo,esse primeiro post foi uma síntese do que anda acontecendo.Mas num é que o sono finalmente chegou!!! Pra ir dormir,mainhaaaa vc vai ficar boa sim,logo logo!!!Rani,to com tanta saudade..te amo!!